O conceito de banalização está presente nas percepções cotidianas. Acostumamos o olhar para a dor alheia e para as injustiças Resignamo-nos com o próprio sofrimento, certos de que sobrevivemos na realidade possível. No processo de banalização, a culpa e o medo da incompetência e da exclusão social norteiam as atitudes ou as omissões no plano profissional. Os trabalhadores tendem às características relacionadas à deficiência da capacidade de pensar: mentem para os outros e para si próprios; obedecem rigorosamente à disciplina imposta; acomodam-se; caem em estados de decepção e apatia, são dependentes das instruções; precisam das proteções conferidas pelas ordens assinadas pelo comando, e perdem o espírito crítico.
domingo, 23 de maio de 2010
O Intolerável
O conceito de banalização está presente nas percepções cotidianas. Acostumamos o olhar para a dor alheia e para as injustiças Resignamo-nos com o próprio sofrimento, certos de que sobrevivemos na realidade possível. No processo de banalização, a culpa e o medo da incompetência e da exclusão social norteiam as atitudes ou as omissões no plano profissional. Os trabalhadores tendem às características relacionadas à deficiência da capacidade de pensar: mentem para os outros e para si próprios; obedecem rigorosamente à disciplina imposta; acomodam-se; caem em estados de decepção e apatia, são dependentes das instruções; precisam das proteções conferidas pelas ordens assinadas pelo comando, e perdem o espírito crítico.
O medo e a precarização do trabalho - Entrevista com Christoph Dejours

O medo aumenta a sujeição do sujeito
Laura Marques Castelhano
é mestranda do Programa de Psicologia Social PUC SP, bolsista CNPQ.
O endereço eletrónico da autora é: lauracastelhano@uol.com.br
RESUMO
O objetivo deste artigo é discutir como o aumento do desemprego altera as relações entre o sujeito e a organização, intensificando o medo no ambiente de trabalho. Demonstra-se como o medo de perder o emprego, torna o trabalhador mais vulnerável e sujeito a formas de dominação e controle, e produz efeitos como o aumento do sofrimento, a neutralização da mobilização colectiva e o individualismo.
Palavras-chave: desemprego, organização, medo, dominação, sofrimento.
leia mais aqui:
(...) A EMERGÊNCIA DA ESTRATÉGIA COLETIVA DO SILÊNCIO, CEGUEIRA E SURDEZ, NO SENTIDO DE "NÃO PERCEBER" O SOFRIMENTO E A INJUSTIÇA INFLIGIDOS A OUTREM
"Quando o medo atinge um nível muito alto e perdura por tempo prolongado, sem que o trabalhador consiga detectar sua fonte, ocorre uma evolução no sistema e há um envolvimento maior, onde o organismo, como um todo, reage manifestando um quadro de angústia, extrema irritabilidade e depressão. A tensão interna aumenta tanto, que o indivíduo necessita manifestar seu descontentamento e descompasso." (SHERAFAT, 2002, p. 13).
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Um suicídio no trabalho é uma mensagem brutal

- a avaliação individual do desempenho,
- a exigência de “qualidade total” e
- o outsourcing.